Rene Descartes, filósofo francês do sec XV, desenvolveu sua filosofia a partir da dúvida. E a EVIDÊNCIA é a primeira regra da sua dúvida metódica. Não admitir "nenhuma coisa como verdadeira se não a que reconheço como tal". Quer dizer: evitar toda precipitação, toda "prevenção", preconceitos e só ter por verdadeiro o que for evidente e distinto, isto é, " que eu não tenho a menor oportunidade de duvidar". Sendo assim a EVIDÊNCIA é o que se apresenta de tal forma que ela resiste aos assaltos da dúvida. Depois da EVIDÊNCIA, usa-se a ANÁLISE, "Dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quantas forem possíveis. Descartes com o seu método pode ajudar pelo menos a melhor pensar a questão do preconceito através da dúvida metódica. Mesmo porque, muitos dos nossos questionamentos são de origem tendenciosa e meramente infundadas.
Pensar, questionar sobre o preconceito racial a fim de desvelar as causas precisas de sua existência, requer evidenciar de forma correta quais fatores que levam a determinar o preconceito racial na sociedade atual. Não aceitar qualquer manifestação tendensiosa,precipitada, mas sim ,munir-se de elementos capazes de sequênciar uma análise minuciosa, pode de fato, justificar e demonstrar que não basta explicitar que o preconceito existe. Não basta aplicar medidas que nem sequer lidam com a verdade dos fatos, não basta investir nas ditas politicas afirmativas, quando não se sabe nem o que elas afirmam e porque afirmam.Dividir cada uma das dificuldades encontradas, enumerá-las e aplicar uma análise segundo o evidenciado é fator prepoderante para encontrar instrumentos precisos que possam modificar a realidade observada.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
"O oprimido, o torturado, o que vê ser destruída sua carne sofredora, todos eles simplesmente gritam, clamando por justiça:
– Tenho fome! Não me mates! Tem compaixão de mim! – é o que exclamam esses infelizes.
[...] Estamos na presença do escravo que nasceu escravo e que nem sabe que é uma pessoa. Ele simplesmente grita. O grito – enquanto ruído, rugido, clamor, protopalavra ainda não articulada, interpretada de acordo com o seu sentido apenas por quem “tem ouvidos para ouvir” – indica simplesmente que alguém está sofrendo e que do íntimo de sua dor nos lança um grito, um pranto, uma súplica. É a “interpelação primitiva”Dussel
O outro em Dussel inrompe das entranhas do mundo natural, como força de um imenso vulcão que explode em larvas mediante a ação sofrida. Não se é possivel deixar de observar, deixar de perceber, deixar de participar deste evento surgido em consequência de uma ação que no contexto do social, não é natural, mas sim evidentemente é causadora da mais cruel dor.
– Tenho fome! Não me mates! Tem compaixão de mim! – é o que exclamam esses infelizes.
[...] Estamos na presença do escravo que nasceu escravo e que nem sabe que é uma pessoa. Ele simplesmente grita. O grito – enquanto ruído, rugido, clamor, protopalavra ainda não articulada, interpretada de acordo com o seu sentido apenas por quem “tem ouvidos para ouvir” – indica simplesmente que alguém está sofrendo e que do íntimo de sua dor nos lança um grito, um pranto, uma súplica. É a “interpelação primitiva”Dussel
O outro em Dussel inrompe das entranhas do mundo natural, como força de um imenso vulcão que explode em larvas mediante a ação sofrida. Não se é possivel deixar de observar, deixar de perceber, deixar de participar deste evento surgido em consequência de uma ação que no contexto do social, não é natural, mas sim evidentemente é causadora da mais cruel dor.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Re-consciência Negra

A verdade nunca esteve presente nas datas comemorativas públicas. Todos os nossos heróis, de uma forma ou de outra, são fantoches a serviço de determinados grupos políticos. Aja visto que, o último deles, Zumbi: é quase que um Idiota de Dostoiésviski. Ou seja, aquele herói de que todos falam, discursam e gostam de evidenciar , mais não deixam de chacoteá -lo e de tratá-lo como uma pessoa inocente, porém débil. Zumbi é ironizado nas assembléias lesgislativas, nos bancos escolares e nos palcos teatrais. Desprovido de honra e maculado no ventre de sua própria terra, Zumbi, assim como o idiota, disfarça sua força. Sua presença assombra, mas sua força arranca respostas cálidas ante tanta falsidade. Frágil e fantoche de interesses desastrosos, Zumbi grita. Sem coroa, sem terra, sem povo que o honre. Assim, apenas presente, Zumbi, surge. Mais preto do que antes, mais escravo do que agora. Zumbi, surge.Sem lágrimas, sem lástimas, sem dor. O ano todo, Zumbi surge, sempre dizendo: Não entenderam nada!
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